Eu entendo seus medos. Eu também tenho os meus, que são bastante diferentes do seus, mas também são medos.
E se é usada a mesma palavra para descrever coisas tão diferentes, deve ser porque de alguma forma elas são parecidas.
Esses medos.
Os seus, os meus.
Eles são reais.
Não adianta tentar racionalizar, porque isso não vai reduzi-los, apenas intensificá-los.
Proponho então, uma metáfora:
Tubarões são assustadores mesmo quando se está em terra firme. Eles já assustam no “e se”.
Imaginar eles sentindo seu cheiro, se aproximando… rasgando sua pele. A dor. Se afogar, ficar sem ar. Toda a tragédia e sofrimento antes do seu coração parar.
É mesmo terrível, e o tubarão realmente pode lhe matar.
O que eu acho que você não percebeu ainda é que você já está dentro do mar. E dentro do mar não dá mais para pensar no tubarão. Ele está lhe rodeando, ele já viu você.
Não pensa nele.
Nade.
Nade sem olhar o tubarão.
Só dessa forma você terá chance de chegar em terra firme outra vez.
O medo é útil quando lhe alerta, mas não quando lhe paralisa.
, Ella A.